XIX Encontro da Rede de Estudos Ambientais em Países de Língua Portuguesa
DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE FRENTE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS GLOBAIS
Fortaleza - Brasil
12 a 15 de setembro de 2017
VISÃO GERAL
Os eventos extremos e os consequentes desastres naturais a eles associados vem aumentando nas últimas décadas. Tais desastres provocam a desorganização das estruturas sociais mais vulneráveis, além de impactarem o ambiente, com graves consequências a médio prazo. As estatísticas tornam evidentes os efeitos danosos desses fenômenos naturais que afetam, sobretudo, as populações mais vulneráveis localizadas em ambientes mais suscetíveis as alterações do clima.
A influência das ações do homem sobre o equilíbrio do clima, que esteve no centro das discussões desde o final do século XX, só foi reconhecida após a Conferência do Clima, ocorrida em 2007 na Cidade de Bangkok (Thailand). Nessa ocasião, enormes prejuízos financeiros e sociais, decorrentes das alterações do clima, também foram quantificados com razoável precisão.
Dessa forma, os efeitos das ações antrópicas sobre o clima, associados à diminuição dos estoques de recursos naturais, indicam que o enfrentamento dos problemas do século XXI passa por mudanças radicais nos padrões de produção e de consumo da sociedade.
Enfrentar os desafios e atingir um padrão de desenvolvimento comprometido com as dimensões da sustentabilidade implica, em um primeiro momento, na identificação dos agentes e das atividades responsáveis pelos mais diversos danos ambientais, bem como das vulnerabilidades socioambientais afeitas a essas transformações no ambiente natural. Por outro lado, não é de hoje que a soberania e o direito sobre a propriedade dos recursos naturais nacionais começaram a ser questionados, uma vez que disfunções locais e regionais passam a ter influências sobre o planeta como um todo. Não existe solução isolada ou individual para as mudanças climáticas, pois a crise ambiental é um problema global. No mesmo sentido, é crescente a compreensão de que qualquer processo de adaptação local ás urgentes dinâmicas globais requer a compreensão da diversidade cultural de perspectivas, recusando qualquer forma de pensamento. Entretanto, as medidas de adaptação, por dependerem do grau de vulnerabilidade, emergem como integrantes das questões nacionais, regionais e locais.